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“Mãe, é só um cabelo”: quando a aparência vira um grito de autonomia

  • Foto do escritor: Equipe Rede Essência
    Equipe Rede Essência
  • 23 de jul.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 25 de jul.



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Para nossa próxima troca, dei um salto gigante da dieta e chegada de um bebê para questões com o filho adolescente. Como mãe de dois extremos — hoje, uma filha de 5 anos e um jovem de 17 —, fico dividida e em dúvida se estou dando a mesma atenção para ambos e se não estou falhando com o mais velho, que aparece com novas questões, muitas vezes sem saber como lidar.


No começo da adolescência, ele começou com mudanças de visual, e isso me assustou por não saber como agir. A mãe amiga e liberal em mim queria ser diferente da mãe que meus pais foram para mim, rigorosa e com alguns pré-conceitos. No entanto, eu queria seguir os ensinamentos deles, pois acertaram em muitas coisas e o que sou hoje é graças à educação que recebi. Não tenho mágoas, mas sim gratidão. Ainda assim, tivemos grandes enfrentamentos na minha adolescência e desafios também.


Enfim, chegou a minha vez: risquinhos na sobrancelha, nevou, brinco, piercings. O primeiro pedido foi para riscar a sobrancelha. Lembro do nosso diálogo:


Eu: "Filho, essa moda é para funkeiros, não combina com você."
Ele: "Mãe, isso é um estereótipo que você está colocando nas pessoas."
Eu: "Você já viu profissionais em outras áreas, como médicos, advogados, juízes e outros, com risquinho na sobrancelha?"
Ele: "Mãe, isso é moda jovem!"

Pronto, ali ele me venceu. Talvez, se eu o impedisse agora, quando fosse mais velho, ele viveria o que foi proibido na adolescência. Permiti, e ele fez isso só uma vez. Não sei se perdeu a graça por não ter que lutar mais por isso ou se realmente não gostou. Depois, fomos para o "nevou". Segurei um pouco e prometi que deixaria no próximo aniversário, quando ele completasse 15 anos. Procuramos um bom profissional e pronto, sonho realizado e fim também.

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Chegou a vez dos brincos, aos 16 anos. Fiquei meio nervosa com a reação do meu pai e do meu avô, e como eles iriam lidar com essa situação. Conversei com ele que, dentro da família, haveria questionamentos e opiniões desconfortáveis, e ele estava disposto a enfrentá-los. Assim foi feito.


Com minha vivência, quero chegar ao ponto de que nós, pais, temos medo da rejeição social, do julgamento e de que essa fase não passe. Se assustar com tudo isso é normal, o problema é quando agimos com rigidez.

Meu conselho é: diálogo. Oriente com carinho e respeito se oferecer algum risco para a vida do seu filho. Dê espaço para trocas, respire e ouça.

Meu conselho é: diálogo. Oriente com carinho e respeito se oferecer algum risco para a vida do seu filho. Dê espaço para trocas, respire e ouça. Pergunte o motivo da mudança, onde se inspirou e, se for seguro, apoie e acompanhe. Muito melhor levar seu filho a um salão de confiança do que deixá-lo exposto a lugares e produtos não seguros.


E então, por aí já rolou mudança de visual inesperada? Você lidou com humor, pavor ou compreensão? Conta nos comentários — ou desabafa, se precisar!

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Myvrian Braga

Jornalista - 2811/PI

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