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Cultura como ritual: a arte de se curar pelo sentir

  • Foto do escritor: Equipe Rede Essência
    Equipe Rede Essência
  • 4 de nov.
  • 2 min de leitura

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Há dias em que tudo parece ruído, o tempo apressa, as demandas cobram e o corpo grita silencioso pedindo pausa. Nesses momentos, costumo lembrar que a cultura (livros, música, cinema, poesia) não é apenas entretenimento. É, também, um espaço que nos permite respirar, é um território sutil onde podemos nos reencontrar.


Quando olho para a arte como ritual, percebo que ela é uma forma silenciosa de cura. Talvez porque o ritual, em sua essência, é um ato de presença. É o instante em que a alma se recolhe e o corpo participa de algo que o transcende. Assim é quando

uma música toca aquela ferida antiga que você nem lembrava que ainda existia, quando um filme faz você chorar sem entender exatamente por quê, ou quando um livro desperta algo que parecia adormecido.


A arte, quando vivida com intenção, tem esse poder de nos reorganizar por dentro. Vivemos num tempo em que tudo é consumo rápido, inclusive a cultura. Mas e se você lesse um

livro como quem acende uma vela? E se escolher um filme fosse um gesto de cuidado com a sua própria energia? E se ouvir uma canção se tornasse um pequeno rito de reconexão com quem você é? Não se trata de transformar tudo em misticismo, mas de lembrar que a vida ganha sentido quando vivida com consciência.


Nas minhas próprias práticas, tenho notado que assistir a um filme em silêncio, com um chá ao lado, pode ser tão meditativo quanto uma sessão de respiração. Que ler poesia antes de dormir reorganiza o pensamento, alinha o emocional e refina a alma. Que ouvir uma música sem distrações, apenas sentindo, sem pressa, é como se o tempo parasse por instantes.


A cultura nos devolve humanidade porque nos convida a sentir. E o sentir é o que mais nos

aproxima da cura. Somos feitas de histórias, de sons, de imagens que moldam nossa forma de existir no mundo. Cada obra que tocamos, se tocada com intenção, pode se transformar em espelho, em reza, em autoconhecimento. Talvez essa seja a verdadeira função da arte: lembrar-nos de que o sagrado não está longe, mas dentro, e que todo gesto de beleza, quando acolhido com presença, é um pequeno ritual de amor.


Então, neste mês, te convido a escolher uma obra, um livro, um filme, uma música, e vivê-la como quem entra num templo. Que ela te acolha, te limpe e te devolva a inteireza.


Porque cultura também é cura.


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Fonte da imagem: Pixabay

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Myvrian Braga

Jornalista - 2811/PI

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