Espetáculo 'Clownrisos': galpão do Porto das Barcas vira picadeiro
- Myvrian Braga
- 7 de jul.
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Atualizado: 8 de jul.

O galpão do Porto das Barcas, no Museu do Mar em Parnaíba, se transformou em um verdadeiro picadeiro, na noite deste domingo (06/07). Com uma proposta que resgata as entradas clássicas do circo, "Clownrisos" mergulha nas memórias afetivas de crianças e adultos, criando uma conexão única com a plateia. Foi uma experiência repleta de risos e brincadeiras. O show é fruto da contemplação pela Lei Aldir Blanc, através do Governo Federal (Ministério da Cultura), sendo contemplado por edital da Prefeitura Municipal de Parnaíba.
“Conseguimos aprovação por um edital - PNAB em 2024, por isso a gente consegue levar o espetáculo a localidades, a comunidades, espaços culturais da cidade de Parnaíba de modo gratuito, justamente pelos patrocínios. Eles nos possibilitam chegar até locais que não tem muito acesso à cultura. E, além do espetáculo, fazemos uma oficina de palhaçaria”, explica o fundador da Companhia Pingo de Chuva, diretor do espetáculo e que interpreta o palhaço Rabisco, Augusto Torres.
A magia do espetáculo é conduzida por dois palhaços carismáticos, Piricó e Rabisco, que com maestria proporcionam momentos de riso contagiante. Na plateia, um público diversificado, de crianças a adultos, que lotou o espaço. Os pequenos participaram ativamente, já os adultos participaram e, ainda, se deixaram envolver pela nostalgia e pela alegria simples que só o circo é capaz de proporcionar. A interação com a plateia foi um dos pontos altos do espetáculo, com os palhaços convidando o público a participar das brincadeiras. “O espetáculo é para toda a família. É um espetáculo para todas as idades”, ressalta Augusto.
“A criançada participou muito, eram duas crianças, no final tinha umas 15 ou mais. Eles [os palhaços] interagiram muito com o público. [...] Tanto o público infantil como o adulto participou, o adulto também ficou sentado e rindo e, por sinal, os homens também participaram, porque é difícil os homens saírem da plateia para ir para o palco. E eles [os palhaços] conseguiram!”, destaca Francisca Porto, espectadora.

Os artistas, com suas performances vibrantes, conseguiram manter a plateia engajada do início ao fim. Rabisco e Piricó, interpretados pelos talentosos palhaços da companhia, Augusto Torres e João, mostraram que a essência do circo vai além das lonas e picadeiros, tocando o coração de cada presente com sua arte e momentos de improvisação no contato com o público. “É sempre uma novidade o espetáculo! A gente ensaia, ensaia, ensaia, mas todo espetáculo é um novo espetáculo! A gente tem sempre uma “estreia”. E as crianças hoje estavam bem energéticas e a gente precisa saber trabalhar com essa energia (toda). Então, é para isso que a gente ensaia para saber também improvisar e trabalhar com essa energia que chega até o palco e, hoje, deu muito certo!”, conta João, que interpreta o palhaço Piricó.
O diretor do espetáculo e palhaço Rabisco, Augusto Torres, destacou a importância de suas pesquisas em contação de história e o contexto da palhaçaria, para a criação da companhia e do espetáculo "Clownrisos" que leva teatro e cultura para a cidade de Parnaíba. Filho de Parnaíba, Augusto foi para São Luís - MA estudar teatro. “Fui embora da cidade para me formar em teatro pela UFMA (São Luís - MA). [...] Quando surgiu essa necessidade de criar esse grupo, em julho de 2021, e uni com minhas pesquisas tanto de narração de histórias e, no caso da palhaçaria, que eu já vinha trabalhando desde 2012. Foi quando comecei uma pesquisa com maior aprofundamento na estrada da palhaçaria, o seu contexto e os grandes palhaços. Assim, eu fui desenvolvendo esse espetáculo a partir dessas pesquisa”, lembra.
A espectadora, Francisca Porto, finalizou: “Eu achei muito legal! Segurou o público, o que foi muito importante”. Ao final do espetáculo, os aplausos foram calorosos, expressando o sucesso da apresentação. "Clownrisos" não apenas cumpriu sua missão de entreter, mas também de reacender a paixão pelo circo tradicional, mostrando que essa arte continua viva e pulsante no coração do público.
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