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Mulher artista: além da profissão - Ep. 02 com Lana Krisna

  • Foto do escritor: Equipe Rede Essência
    Equipe Rede Essência
  • há 6 dias
  • 3 min de leitura
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Um dia vi nos stories da Lana seus bordados e fiquei encantada e surpreendida. Ver uma professora tão dedicada encontrar tempo para fazer arte, pensei: vamos contar essa história! Lana Krisna é jornalista, pesquisadora e professora na Universidade Estadual do Piauí, na cidade de Picos. Atualmente, está afastada das atividades na Uespi para estudar em dois doutorados.


Lana, quais são os doutorados e como está sendo?

Lana: "Faço doutorado em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco e, também, doutorado em Desenvolvimento e Meio Ambiente na Universidade Federal do Ceará. A correria com deslocamentos entre o Piauí, Ceará e Pernambuco, congressos, prazos e pressões externas e internas é intensa", declara.


Como surgiu o desejo de começar, ou melhor, de recomeçar a fazer arte?

Lana: Como estratégia para desacelerar e descansar a mente, comecei a buscar uma atividade manual que pudesse me ajudar a sair das telas, pois até nos momentos de descanso eu acabava me direcionando para as redes sociais ou streamings. Tive uma colega de doutorado que fazia crochê nos intervalos das aulas, isso me chamou atenção e fortaleceu esse desejo.


Como foi a experiência da compra dos materiais? 

Lana: Lembrei que durante a infância fiz um breve curso de bordado e que era uma atividade prazerosa e pacificadora dos pensamentos (risos), mas já não me lembrava como bordar. Então, dei o primeiro passo: fui até um armarinho, comprei bastidor, algumas linhas, tecido e nesse momento já sentia algo diferente. Estamos tão presos às telas, colocando tudo nos carrinhos virtuais, que a ida ao armarinho foi uma experiência prazerosa e criativa. A escolha das linhas, cores e texturas dos tecidos me fez vivenciar o analógico, que tem seu valor. Decidi procurar alguns vídeos curtos, ensinando pontos básicos de bordado, como o ponto corrente, cheio, nó francês e ponto atrás, e me entreguei ao processo...

Estamos tão presos às telas, colocando tudo nos carrinhos virtuais, que a ida ao armarinho foi uma experiência prazerosa e criativa.

Que lembranças boas a arte de bordar traz para você?

Lana: Às vezes, lembro da voz da minha tia, que foi professora de bordado, quando ela dizia que o bom bordado precisa ser bonito na frente e no verso do tecido (risos). Por enquanto, não posso entregar essa beleza e organização no bordado, mas tenho experimentado um descanso necessário, que têm reduzido a ansiedade e me ajudado a desturvar os pensamentos, a clarear as ideias.



A arte nos transforma, desliga os pensamentos acelerados e nos traz para o momento presente, principalmente se você faz porque gosta, sem pressa de terminar ou de entregar uma encomenda com data marcada. A arte é alívio, abraço e acolhimento! É estar presente e em paz consigo mesma e com o mundo ao seu redor, sem pressa para chegar.


De que maneira a arte está transformando e despertando a sua essência? Quais os benefícios dela na saúde da mente e do corpo?

Lana: Decidi arriscar o bordado livre, transportando para os tecidos um pouco do que estou vivendo com as pesquisas, que, no fundo, buscam melhorias e valorização do sertão, meu lugar de origem. Quando bordo, minha mente fica mais tranquila, a fala compassada, sinto um relaxamento nos ombros e na mandíbula, como se o corpo saísse do contínuo estado de alerta. A arte do bordado me fez rememorar uma experiência da infância e refletir que, ao longo da história, as bordadeiras colocavam nos tecidos um pouco do momento vivido, da cultura e tradição, e nesse lugar acontece um encontro. No passado, as mulheres aprendiam a bordar como uma habilidade doméstica ou uma 'prenda'. Atualmente, as pessoas se voltam para o bordado e outras atividades manuais não mais com o desejo de se tornarem dotadas de aptidões, mas em busca de um reencontro consigo mesmas, de um silêncio em meio ao barulho do mundo, acalmando a mente e promovendo saúde para o corpo. A arte está me permitindo a experiência de descanso, especialmente quando sinto o cansaço das leituras, escritas e pressões comuns ao momento que me propus viver.

A arte está me permitindo a experiência de descanso, especialmente quando sinto o cansaço das leituras, escritas e pressões comuns ao momento que me propus viver.

As atividades manuais são um refúgio e um reencontro. A mente vai encontrando seu verdadeiro eixo, seu caminho de volta e o reflexo aparece nas demais atividades do dia a dia, que são feitas com mais leveza! Conhecemos mais uma história linda! Você já sabia que a Lana também bordava?! Que legal, né?



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Vocês estão preparadas para mais uma história inspiradora? No próximo episódio teremos a Karol que, dentre todas as atividades legais que faz, vai contar pra gente o seu amor pela costura. Ela trabalha como assistente fiscal, mas também produz peças de vestuário e acessórios.






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1 comentário


Mariana Carvalho
Mariana Carvalho
há 6 dias

Estou adorando seu conteúdo!😍

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Myvrian Braga

Jornalista - 2811/PI

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